segunda-feira, 20 de junho de 2011

Um bom filho à 'banda' retorna


Por Thiago Hermido

O anúncio da volta de Jean Rothen ao Glory Opera deixou os fãs da banda de heavy metal animados. Dias depois da novidade, um show é agendado para celebrar o retorno do guitarrista, firmando de vez o compromisso do grupo – um dos mais expressivos do Amazonas no cenário nacional   com o público local. Afinal, a banda não se apresenta em Manaus há um bom tempo.  

Assim que a notícia se espalhou, a INTERA procurou Jean para conversar sobre o seu retorno ao Glory Opera. O músico falou do que motivou sua saída e, agora, a volta à banda, o que fez durante esse tempo que esteve fora do grupo, novos projetos e como a banda está se posicionando em relação ao novo cenário de rock que vem se moldando no Brasil: "Agora mais do que nunca não basta ser músico: é preciso ser administrador da sua banda, pensar e aplicar alternativas de divulgação", disse ele. Confira a entrevista abaixo.
  

O que motivou a sua volta ao Glory Opera?

Compor um terceiro CD, voltar a tocar com o Helmut e Humberto, pois temos uma química muito boa pra estúdio e shows, além de por em prática alguns sonhos que ficaram na gaveta por estes anos.

Por que você havia saído da banda e o que muda com o seu retorno?

Cansaço. Ter uma banda por tantos anos é abrir mão de diversas coisas pouco óbvias a quem vê de fora. Eu precisava dar uma parada, respirar outros ares e seguir outros projetos profissionais. O Glory Opera, após a saída de alguns integrantes, fez diversos shows pelo Brasil e isso os manteve longe de composições novas. O que muda é a experiência, maturidade e foco. Certamente se gravássemos hoje o "Rising Moangá" ou "Equilibrium" teríamos feito bem diferente, dentro e fora do estúdio. Estamos recarregados, motivados e cheios de idéias.

O que produziu durante esse tempo em que esteve longe da banda? Lembro que tinha um projeto com os guitarristas Stanley Wagner (ex-Glory Opera ) e Alex Gil (Casulo) de música instrumental, em que pé ficou?

Começamos um CD instrumental que infelizmente não aconteceu, porém o Stanley Wagner está dando continuidade ao CD solo dele que está ficando sensacional. Fiz alguns tributos com amigos - para não me afastar dos palcos - e hoje toco na banda "Sixty Niners" onde a proposta é tocar o que se gosta. A música ficou em segundo plano mas sempre presente. É algo do que não se pode fugir, não existe esta opção. A música nos escolhe e pronto.

Quais são os projetos da Glory Opera, e qual o posicionamento da banda em relação ao novo cenário de música em Manaus e do Brasil?

Existem projetos que ainda não podem ser divulgados, mas inicialmente faremos o show de retorno, talvez alguns workshops e daremos início aos trabalhos do terceiro CD. A Glory Opera deve seguir uma direção mais progressiva, porém mais pesada. Devemos nos distanciar um pouco da linha melódica, o que já era a idéia logo após o segundo CD.

Como legítimos representantes do heavy metal amazonense, como você avalia o gênero atualmente?

Temos bons representantes aqui como Nekrost, Snatch, Brutal Exuberância e Evil Syndicate. Agora mais do que nunca não basta ser músico: é preciso ser administrador da sua banda, pensar e aplicar alternativas de divulgação. Como poucas exceções o rock pesado não entrou na mídia mainstream mas isso não significa que não possa encontrar meios pra isso. Talvez a abordagem precise ser mudada.

O que anda escutando e o que nunca deixou de escutar?

Oficina G3, Foo Fighters, Sting e Keane. Continuo ouvindo o bom e velho Slayer, Dream Theater, Megadeth e algo de hardrock.

O que os fãs da banda podem esperar com o seu retorno?

Acreditar que teremos um novo CD a caminho, e que essa parceria com Helmut, Humberto & cia irá render bons frutos dentro e fora dos palcos. Acima de tudo, que o meu retorno é apenas uma parte deste recomeço.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário