terça-feira, 7 de junho de 2011

Nunes Filho, pioneiro em auto-gestão? Na próxima edição da INTERA


Nunes Filho - o Príncipe do Brega from Revista Intera on Vimeo.


Por Allan Gomes

Provavelmente uma das entrevistas mais antigas desta edição da revista, a conversa com Nunes Filho foi realizada ainda em setembro do ano passado em condições incomuns: um prazo apertado para uma segunda edição da revista, que acabou definindo-se em um especial sobre o Festival Atéo Tucupi, um bar fechado no V8 e a falta de um gravador para acompanhar a verborragia de Nunes, obrigando a improvisação de uma handcam para o registro.

No bate-papo, Nunes transitou entre momentos de humor escrachado e emotividade, e mostrou também que talvez não tenha consciência de ser um pioneiro em novos modelos de negócios e gestão de carreira em música, pois ainda se ressente da "falta de reconhecimento do governo" com os artista locais, sem se dar conta de que sua carreira pode ser usada como referência, afinal, ainda nos anos 90 largou gravadora e selos obscuros para investir no seu próprio estúdio, tendo gravado a partir de então todos os seus discos de forma independente, e com controle de todas as etapas da produção.

De lá para cá muita coisa rolou, a revista abriu um forte diálogo com a Internet, mas o cruzamento entre sua trajetória errática e a carreira de Nunes Filho não deixa de ser salutar: produção independente é árdua, amarga, mas os pioneiros na construção de um  todo ficam gravados na memória.

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